sábado, 17 de abril de 2010

Nono dia... rumo à Buenos


Por Fabiano

Acordar, montar malas e veja só, estou ficando cada vez melhor nisso. Cada dia sobra mais espaço. Fomos à cidade buscar as roupas e vejam... o GPS nos levou perfeitamente de volta à lavanderia. Quando se diz corretamente pra ele onde quer ir, ele te leva.
Depois de acomodadas as roupas, agora limpas, na mala, seguimos para comprar capa de chuva na cidade, já que a nossa tinha rasgado no momento da queda. Depois de procurar bastante, descobrimos que não é muito comum por aqui. Então pé na estrada e pra logo nos surgir a primeira dúvida... por onde seguir???. Decidimos ir pela rota 14, que geograficamente fica mais perto do Brasil. Não sei se a escolha foi boa ou ruim, sei que logo estávamos com fome novamente no meio do nada. Só algumas fábricas de mate que nos davam um aroma especial na estrada. Achei que fosse uma miragem, mas era realmente um restaurentezinho na beira da estrada, não tive dúvidas, parei e acertei na paladar, estava delicioso, só então que entendi que quando eu peço um bife com salada, só vem o bife e a salada. O arroz, feijão, legumes, farofa etc etc não são acompanham a refeição. Este restaurante era de uma família gente boa, tinham um filhinho que falava sem parar. Jogamos tudo pra dentro e quando nos preparávamos pra sair a chuva caiu e resolvemos esperar ela passar. A Tati perguntou onde era o banheiro e o moleque falador foi levar ela na casinha que ficava muito longe da restaurante... resultado, ela acabou toda molhada.
Quando a chuva passou, já estava ansioso pra seguir viagem, fomos montar na moto e o descanso afundou no barro levando a moto novamente no chão. Nos recompomos e seguimos viagem um pouco sujos daquele barro vermelho até o cruzamento para Uruguaiana/RS onde fomos confirmar o caminho com 2 argentinos viajantes de moto, nos falaram que estávamos certo e nos deram umas dicas de hospedagem, que 10 minutos depois já tinha esquecido tudo. Seguimos viagem e quando cansamos e resolvemos parar pra dormir, entramos em uma cidade que só tinha 1 comercio de cada, e o único hotel nos parecia fechado (deveria estar falido) o frentista do posto nos falou que era só chamar, mas decidi seguir viagem de novo. Quando saí da cidade, chamada Alvear, inexplicavelmente o pedal de cambio desmontou, com a moto engrenada de 1º marcha, só faltava isso neh.. melhor de primeira que ainda anda, pior se fosse em ponto morto... mas afim... 5 minutos depois, tudo no lugar, ainda bem que não perdi nenhum parafuso e podemos seguir pra cidade vizinha, chamada La Cruz. Quando paramos num hotel, os viajantes argentinos nos acharam de novo e nos indicaram o hotel barato. Me impressionei, existia argentino portenho(de Buenos Aires) gente boa... nos hospedamos por 30 pesos, certa de 15 reais e pelo preço, pode-se imaginar a qualidade do hotel. Tinha um bezerro andando no meio do corredor mais uns 10 gatos e uns 20 cachorros. O banheiro, de tão pequeno você tinha q tomar banho quase em cima da privada, consequentemente, quando você sentava pra fazer o número 2, ficava uma goteira em cima de você. (grande ajuda do argentino).
Descarregamos nossas malas e fomos comprar algo pra comer no mercadinho da cidade. Descobrimos que a cidade era muito feia. Fomos dormir meio desanimados. Nos restou a expectativa do próximo dia, que seria o dia de chegar em Buenos Aires, o ponto mais ao sul de nossa viagem.


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